Mais um dilema de casal. Ulisses e Margarida não se aguentavam mais. Eram casados há mais de 30 anos e há pelo menos 15 anos mal se falavam. O único filho já se formara e vivia em outra cidade. O casal não aguentava nem olhar no rosto um do outro. Mas Margarida estava perto da menopausa e a libido aumentara, pois era a última tentativa de seu corpo perpetuar sua espécie. Em contrapartida a libido de Ulisses não incomodava, o tesão mal aparecia e quando acontecia de aparecer, procurava uma profissional capacitada pra cessar o crescimento de tecidos voláteis de seu corpo, não tinha coragem de pedir pra esposa. Depois de se virar sozinha por algumas semanas, Margarida não aguentou mais. Chamou Ulisses e tentou explicar a situação com semblante sério. Queria ter o prazer do sexo no casamento, nem que isso tivesse que ser com o marido, quem ela odiava. O marido acatou e sem se interessar muito concordou: “Só pra você deixar de aperrear”. Quando chegaram do trabalho começaram o ato. Ela ainda tentou sugerir:
- Vamos fazer aquela posição que gostávamos?
- Não me coloque em situação ridícula!
No meio da fornicação, Ulisses, como de costume parecia não querer terminar antes da esposa, por isso indagou:
- Posso ir?
Margarida estava adorando, fazia tempo que não sentia a sensação do sexo em seu corpo.
- Calma! Espera um pouco.
Ulisses ao contrário da esposa, não via a hora de tudo aquilo acabar. Margarida mesmo odiando o marido, aproveitava aquilo, ela pensava no Mauricio Mattar e por isso estava gostando demais.
- Já posso ir? – Ulisses impaciente.
- Espera homem.
Depois de uns minutos, ela não aguentava mais, o marido insistiu na pergunta e ela deu o comando, queria que terminassem juntos:
- Vai Ulisses, pode ir! Agora!
- Até que enfim!
Então, Ulisses saiu de cima da mulher, vestiu sua cueca “samba-canção” do Vasco da Gama e foi assistir a “Grande Família”.
Moisés CouTo
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